Varizes no mapa

Varizes no mapa

REVISTA I – IGUATEMI – NÚMERO 22 

 

 

Os shorts, peças-chave do verão, estão em alta no inverno. Então aproveite a estação para eliminar vasinhos e varizes com as últimas novidades na área. 

Se a ordem é botar as pernas de fora até no inverno, é bom que elas estejam impecáveis. E não há visual que resista àquela rede intrigada de vasinhos vermelhos e varizes roxas. Os tratamentos, apesar de cada vez menos invasivos, ainda caem melhor no inverno, período em que há menor exposição solar e, consequentemente, menor riscos de manchas. De quebra você fica pronta para o próximo verão. Conheça as novas tecnologias e as máquinas maravilhosas que tornam os procedimentos mais preciosos e seguros. 

 

Visão de raio-x 

 

 

Uma câmera de infravermelho “filma” a área a ser tratada, processa a imagem e projeta as veias de volta sobre a pele da paciente. Esse aparelho que parece ficção científica chama Vein Viewer e foi desenvolvido para orientar a coleta de sangue. O cirurgião vascular Kasuo Miyake, de São Paulo, soube da máquina e teve a idéia de testa-la no tratamento de varizes. “É como se eu tivesse a visão do Super– Homem“, exemplifica. Com os vasos visíveis, ele faz as marcações dos pontos críticos e usa o criolaser ou mesmo a glicose, uma das técnicas mais antigas e a preferida de muitos profissionais, para secar as varizes e vasinhos. “Graças ao Vein Viewer, das 140 pacientes da minha clínica que teriam indicação de cirurgia, 86% puderam ser tratadas com o criolaser“, diz Miyake. A vantagem é que sem a necessidade de hospitalização, o custo fica 70% menor e a recuperação é rápida. A sessão de laser guiada pelo Vein Viewer custa a partir de R$ 500. São necessárias normalmente cerca de três sessões, com intervalo médio de duas semanas. 

 

 

Tecnologia acessível 

 

 

Um aparelho fabricado no Brasil e muito mais acessível é o fleboscópio, que também usa o infravermelho para “sombrear” a veia e ajudar a fazer um diagnóstico mais preciso do que tem de ser tratado. “O uso rotineiro do aparelho mudou a programação cirúrgica em 43% dos casos”, afirma Priscila Nahas, diretora de fleboestética da Sociedade Brasileira de Flebologia e Linfologia. O aparelho pode ser associado da escleroterapia clássica ao laser ou microcirurgia. Com a escleroterapia química, custa a partir de R$ 120. No caso do criolaser, esse valor para R$ 400. 

 

 

Grosso calibre 

 

 

Até pouco tempo atrás, para tratar varizes grossas, como a safena, havia duas opções: a cirurgia tradicional ou o laser que era introduzido por uma fibra ótica e queimava a veia por dentro. As duas técnicas envolvem hospitalização, anestesia e no mínino uma semana de recuperação. Hoje, uma técnica implantada no Brasil pela cirurgiã vascular Priscila Nahas usa o ultrassom para guiar a aplicação de uma micro-espuma de CO2. A ecoesclerose com microespuma, como é conhecida a técnica, não exige internação nem repouso. “Pelo contrário, é preciso andar para ativar a circulação”, afirma Priscila. O valor do tratamento é de cerca de R$ 3 mil por safena. 

 

 

Clássica consagrada 

 

 

escleroterapia química, com injeção de glicose, criada em 1939, é até hoje uma das técnicasmais eficientes. O preço varia de R$ 120 a R$ 220 por sessão – são cinco ao todo. Existem outras substâncias esclerosantes, como a glicerina, o ácido crômico e o ethamolin, mas os riscos de manchar a pele ou haver uma reação alérgica são maiores. Também houve uma época em que a moda era usar uma espuminha, mistura de glicose com polidocanol, um esclerosante mais potente. “Ele caiu em desuso porque, além de manchar a pele, podia provocar fibrose pulmonar”, explica Priscila. A escleroterapia a laser ganhou mais adeptos com a associação de jatos de ar congelados para amenizar a dor e o desconforto da aplicação. “O ar gelado elimina de 50% a 100% da dor”, afirma Miyake. A sessão chega a custar cinco varizes mais do que a escleroterapia química. Por outro lado, o número de sessões pode cair para um terço. 

 

 

 

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