Tratamentos

Tratamentos

A paciente portadora de insuficiência venosa crônica, as tão conhecidas varizes, pode apresentar a doença nas mais diversas formas de evolução.

 

Cabe ao especialista, classificar o estágio de evolução da doença venosa, e esclarecer a paciente quanto aos diversos tipos de tratamentos disponíveis. Não existe uma fórmula única e ideal para o tratamento. O que deve existir é uma combinação de técnicas para as diferentes formas de apresentação evolutiva que a paciente apresenta.

Mulheres com varizes no Brasil0%
Homens com varizes no Brasil0%
Pessoas acima de 70 anos com varizes no Brasil0%

Tratamento Clínico de Varizes

Muitas vezes encontramos casos de pacientes que apresentam contra-indicação a tratamentos cirúrgicos ou minimamente invasivos.

 

Cabe ao especialista realizar a classificação da severidade da doença venosa, a fim de que se possa minimizar os efeitos dos fatores desencadeantes de uma evolução mais rápida, como o uso de hormônios, sedentarismo, obesidade, postura, etc.

 

Normalmente, associa-se o uso de medicamentos e outras medidas preventivas. Desta forma, mesmo na presença de insuficiência venosa crônica, o paciente pode gozar de bem-estar e ao mesmo tempo fazer a prevenção das complicações tardias que sobrevêm quando não se realiza o tratamento.

Tratamento Híbrido de Varizes

É a grande tendência da medicina moderna, em que o especialista, após o estadiamento da doença varicosa, utiliza-se da combinação de várias técnicas conjuntamente, a fim de proporcionar o melhor resultado no menor tempo possível, visando um rápido reestabelecimento aliado a resultados estéticos.

Acompanhamento para gestantes

A gestação é um período de extrema importância, não só pelas alterações físicas que ocorrem no corpo da mulher, mas principalmente por sensações nunca antes experimentadas, que algumas vezes podem resultar em insegurança.

 

É por estas razões que o acompanhamento para gestantes deve ser feito   de forma tranquila, a fim de minimizar o desenvolvimento de varizes, uma vez que as alterações hormonais e sobrepeso são inevitáveis.

 

O especialista vascular deve proporcionar segurança à gestante, e sempre que houver necessidade, deve abrir um canal de comunicação com o obstetra eleito pela paciente. Desta forma, as condutas são compartilhadas e seguramente seguidas, proporcionando mais exito no seguimento.

 

Basicamente, o acompanhamento visa:

  • Identificar a predisposição da gestante: a segunda gestação apresenta um risco 3x maior de desenvolvimento de varizes em relação à primeira gravidez.
  • Analisar o dia-a-dia da paciente em relação aos hábitos posturais.
  • Reeducação postural durante o trabalho
  • Uso de elasto-compressão (diferentes tipos de meias)
  • Orientação de exercícios para gestantes
  • Uso de medicamentos para ativar a circulação venosa (flebotônicos/linfocinéticos).

Tratamento das Microvarizes

A microvariz que é responsável pela manutenção das telangectasias ou vasinhos, deve ter esta função anulada. Primeiramente, sua identificação é de fundamental importância. Através do uso do fleboscópio ou do Vein Viewer, a veia é submetida a manobras manuais realizadas pelo especialista para que se possa comprovar a nutrição dos vasinhos. Em caso positivo, indica-se o tratamento.

 

Esta microvariz pode ser retirada através de microcirurgia sob anestesia local (a mesma utilizada pelos dentistas), utilizando-se uma técnica estética para sua retirada, onde não se faz “cortes” na pele, apenas pequenos “furinhos” que depois ficam imperceptíveis. Nesta situação, a paciente não precisa fazer repouso, apenas evitar situação de sobrecarga por dois dias. É a única técnica que pode garantir o resultado imediato.

 

Existem ainda duas outras opções de tratamento, onde a microvariz é mantida no organismo para posterior absorção: é o caso do uso do laser e da esclerose com espuma densa (esclerofoam). Quando se opta por estas técnicas conservadoras, onde a microvariz não é retirada, pode haver a necessidade de reincidência da aplicação.

Tratamento da Veia Safena

Antes de abordarmos as técnicas disponíveis para o tratamento da veia safena, é importante esclarecer que uma veia safena insuficiente, ou seja, com refluxo, nem sempre necessita de tratamento. Existe a possibilidade de insuficiência da veia safena estar sendo clinicamente compensada pelo sistema venoso profundo, situação em que a veia safena deve ser preservada.

 

Nos casos de descompensação clínica, indica-se o tratamento da safena, que pode ser através das técnicas a seguir:

 

  • Safenectomia total ou parcial: através de pequenas incisões (na virilha, ao nível da dobra do joelho ou perto do tornozelo) introduzimos o fleboextrator, que é um “guia” que vai ser amarrado à veia para sua retirada. As extremidades que ficam desconectadas são “amarradas” (ligaduras cirúrgicas). É uma técnica definitiva para a safena, não existindo a possibilidade da safena “voltar”. Necessita de ambiente hospitalar e repouso pós-operatório moderado.

 

  • Termoablação: é uma técnica onde a veia safena é “queimada” por dentro, através da introdução das fibras de radiofrequência ou laser. Pode haver recidiva (falha). Necessita de ambiente hospitalar e repouso pós-operatório moderado.

 

  • Ecoesclerose com Microespuma: consiste em uma técnica não cirúrgica para o tratamento da insuficiência das veias safenas. É realizado ambulatorialmente sob o acompanhamento de ultrassom (ecopdoppler), através da injeção de uma “espuma fisiológica” (a base de CO2) e dispensa o afastamento das atividades diárias. Pode haver recidiva (falha). É realizada com grande sucesso para o fechamento de úlceras varicosas (feridas decorrentes de varizes não tratadas).

Esclerose de Telangectasias

A paciente que apresenta como queixa principal a presença de telangectasias, os conhecidos “vasinhos”, precisa de uma análise muito específica de sua queixa.

 

Em primeira análise, devemos avaliar os antecedentes relacionados a tratamentos anteriores, ou seja, se houve algum tratamento prévio, se as telangectasias são as mesmas (“voltou” no mesmo lugar), se são novas ou se houve uma piora do quadro (paciente refere que parece que o vasinho “se espalhou”!).

 

Ainda, se faz de crucial importância a classificação dessas telangectasias (vasinhos): se são do tipo SIMPLES ou COMBINADA (mistas). As telangectasias simples, apresentam-se de forma isolada, sem nenhum fator de nutrição. Já as telangectasias mistas ou combinadas, apresentam, sob a epiderme, a presença de uma veia nutridora (ou nutrícia), classificada como uma microvariz nutridora. Esta análise primeiramente é feita de forma de inspeção, e é confirmada através da fleboscopia ou realidade aumentada, o Vein Viewer.

 

A escleroterapia líquida é um tratamento altamente eficaz, que pode ser feito isoladamente ou em associação com o tratamento da microvariz nutridora, dependendo do tipo apresentado pela paciente.

 

Uma programação de tratamento é de fundamental importância. Ela deve ser feita de acordo com a disponibilidades de tempo e financeira da paciente, a fim de que ela comece e termine o tratamento, para que não haja frustrações.

 

Ainda, deve-se programar um seguimento anual para que o especialista consiga quantificar a severidade da doença venosa, uma vez que se trata de doença crônica e evolutiva. O controle é prioridade para manutenção de resultado!